Inaugurado na década de 80, o aeroporto Governador João Durval Carneiro, em Feira de Santana (distante 108 km de Salvador), maior entroncamento rodoviário do Norte/Nordeste, que está interditado desde 2009, poderá voltar a funcionar até o próximo ano.
Ele foi contemplado pelo Programa de Aeroportos, que prevê a adequação, ampliação, melhoria e revitalização dos aeroportos da Bahia. Nesta segunda-feira, 30, técnicos da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) e de uma empresa norte-americana de consultoria, United State Trade Development Agency (USTDA), fizeram uma vistoria no local.
“Está é a primeira fase do processo, que visa avaliar de forma detalhada o que é necessário fazer, e, depois, direcionar a utilização do aeroporto, que é uma prioridade para o governo, destacou o técnico da Seinfra, Denisson de Oliveira.
Ele informou ainda que a empresa fará uma plano de viabilidade, prevendo os custos e o que vai ser necessário para a reabertura imediata do aeroporto. “A expectativa é que eles entreguem o estudo até o final de julho. Então o governo poderá acenar o que vai ser feito”, frisou o técnico.
Para o consultor Michel Jechlinski, após a visita já se pode afirmar que a reabertura do aeroporto é possível, mas apenas um estudo detalhado com custos, infraestrutura, benefícios para a cidade e região, entre outros pontos, é que se pode garantir o que irá funcionar no local. “É prematuro falar se terá voos diários de cargas e passageiros, ou se a pista só servirá para aeronaves pequenas. Só após recebermos todas as informações é que conseguiremos traçar o plano de viabilidade”, garantiu.
As obras no aeroporto é um pedido antigo de autoridades políticas e empresariado de Feira de Santana, além de representa fortes instrumentos para o aumento da economia, mobilidade, melhora do transporte aéreo, logística e na atração de investimentos para a cidade e região. A reabertura do aeroporto também dará um importante suporte ao Centro Logístico, que está em fase de aprovação. “Feira de Santana será beneficiada com o 1º Centro Logístico que já teve o projeto pronto e está em fase de aprovação”, destacou Denisson de Oliveira.
Localizado a 10 km do centro da cidade, no bairro Santo Antônio dos Prazeres, o aeroporto foi interditado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) por falta de segurança e, desde então, não tem permissão para pousos e decolagens de aeronaves.
Antes da interdição, o local não realizava voos regulares, atendendo principalmente a aeronaves particulares e de pequeno porte com a autorização do DAC (Departamento de Ação Civil) em Recife, mesmo assim de forma precária.
Desde o ano passado, o Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (DERBA) deu início a uma reforma no local para a construção de um muro em torno da área do aeroporto, recuperação do pátio de estacionamento e rejuvenescimento do revestimento asfáltico, com aplicação de capacelante, que deixa o asfalto mais seguro para pousos e decolagens. No entanto, as obras ainda estão sendo feitas.
O aeroporto possui uma pista com 1.500 metros de comprimento, 30 metros de largura e tem capacidade para até aeronaves dos tipos Brasília, Bandeirante, ou Fokker 50, com12 passageiros.
O terminal era equipado com uma estação de rádio, que possibilitava a comunicação com as aeronaves, mas foi desativado, fazendo com que os pousos e decolagens sejam feitos visualmente. Durante a noite ou com muita chuva, o aeroporto feirense fica fechado. Também foi retirado o balizamento noturno da pista para que fosse instalado no aeroporto de Vitória da Conquista, fato ocorrido durante o governo de Waldir Pires.
Atualmente, os equipamentos que ainda restam no local estão sucateados e guardados em uma sala do terminal. No local, funcionam o Aeroclube de Feira de Santana, que serve como escola de instrução para cursos de pilotos privado, um posto de combustível para abastecimento das aeronaves e uma fábrica de aviões de pequeno porte.
Fonte: A Tarde
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