07 junho, 2011

Companhias de aviação cortam lucros para metade


Com o início do ano marcado pela subida do preço do petróleo, pelos conflitos no Médio Oriente e o terramoto no Japão, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla inglesa) reunida em Singapura, reviu hoje em baixa as estimativas de lucros para os seus 238 membros, que representam 93% do tráfego mundial. Sá o terramoto no Japão terá custado à indústria cerca de 10% das vendas.

A associação prevê agora um resultado líquido de 4 mil milhões de dólares, valor que representa uma quebra de 54% face aos 8,6 mil milhões de dólares previstos em Março e uma quebra de 78% comprando com os lucros de 18 mil milhões de dólares registados no ano passado. A associação estima ainda que a indústria venha a obter receitas na ordem dos 598 mil milhões de dólares, o que representará uma margem de 0,7%.

"O desastre natural no Japão, a instabilidade no Médio Oriente e Norte de África, mais a agressiva subida do preço do petróleo cortaram as expectativas de lucro da indústria para 4 mil milhões de dólares este ano", anunciou Giovanni Bisignani, na sua última assembleia geral enquanto director geral da IATA. De acordo com a associação cada aumento de um dólar no preço do crude equivale a um aumento de 1,6 mil milhões nos custos da indústria. "Conseguimos uma enorme eficiência na última década. EM 2001, precisávamos que o barril de petróleo estivesse abaixo dos 25 dólares para ser lucrativos. Hoje, olhamos para um lucro pequeno com o barril a 110 dólares", diz Bisignani.

"Que estejamos a fazer algum dinheiro num ano com esta combinação de incidentes é o resultado de um balanço muito frágil", afirmou Bisignani, acrescentando que "com uma margem miserável de 0,7% existe muito pouco espaço para novos choques".

Também as estimativas de crescimento de transporte de passageiros e carga foram revistas em baixa. Assim, a previsão para o crescimento de passageiros é agora de 4,4% contra os 5,6% previstos em Março. Já a carga deverá evoluir 5,5% contra a previsão inicial de 6,1%


Fonte: Econômico

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