07 junho, 2011

TAP já voa para Miami


O aeroporto de Miami, o segundo maior dos Estados Unidos em tráfego internacional, tornou-se na segunda-feira na nova porta de entrada da TAP no país e na região, em breve com uma frequência diária.

"É a aposta que a TAP faz para uma segunda cidade nos Estados Unidos", depois de Newark (Nova Iorque) disse à Lusa o vice-presidente de vendas da transportadora aérea, Carlos Paneiro, à margem da cerimónia do início da rota Lisboa-Miami, na noite de segunda-feira na cidade do Estado da Florida, sudeste do país.

O voo de oito horas passa a ser a mais curta ligação entre Miami e uma cidade europeia, aquém das nove horas até Madrid. O A330-200 'Bartolomeu de Gusmão' aterrou no aeroporto internacional até 35 minutos antes da hora, às 20:40 locais, quando ainda se ultimavam os preparativos para a cerimónia de chegada, que contou com a presença do embaixador de Portugal em Washington, Nuno Brito e de responsáveis do aeroporto e do turismo de Miami.

Como tradicionalmente, o primeiro avião da TAP a chegar a Miami foi saudado com canhões de água ainda na pista, antes de encostar à manga do aeroporto. A rota começa com cinco voos semanais, todos os dias exceto quarta e domingo, mas o objetivo é "muito em breve chegar ao voo diário", diz Carlos Paneiro.

As reservas atingem atualmente 35 mil até final do ano, das quais seis mil em junho, dez mil em julho e outras tantas em agosto. A taxa de ocupação ronda assim os 70 a 80 por cento, o que o vice-presidente de vendas da TAP afirma ser "bastante positivo para início da rota".

A estratégia passa por aproveitar a "grande apetência dos europeus" por Miami e pela Florida enquanto destino turístico, tal como a TAP se tornou numa "companhia de referência de transporte de europeus para a América Latina, em especial para o Brasil", adiantou Paneiro.

"A Florida apresenta um bom potencial dos turistas europeus para esta região, mas também como ponto de entrada para toda a América Central", disse à Lusa.

Em direção a Lisboa, a transportadora prevê tráfego de negócios e congressos e levar turistas norte-americanos e em particular seniores, muitos dos quais fazem cruzeiros na Europa a partir de destinos que a transportadora serve, como Barcelona ou Veneza.

Virgílio Carvalho, emigrante português reformado e radicado na Florida, foi um dos passageiros do primeiro voo para Portugal e achou "caro" o preço pago pelo bilhete (1400 dólares), compensado apenas pela vantagem de não ter de fazer escalas para Lisboa, além do sentimento de estar a "ajudar o país". "Vamos ver como é o serviço a bordo. Se não prestar acho que não vou mais", dizia à Lusa o emigrante antes de embarcar numa das suas duas viagens anuais à terra natal para visitar parentes.

Também para Sara Galvão, jovem de 21 anos estudante em Sarasota, Florida, o facto de poder viajar sem escalas era motivo de alívio. "Até agora chegava a fazer duas escalas, na Geórgia e em Nova Iorque", disse à Lusa antes de embarcar para as férias de verão no Algarve. Miami é um dos dez novos destinos que a TAP está a abrir este verão.


Fonte: Exame Expresso

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