23 novembro, 2011

Tam: Maria Claudia e Mauricio Amaro comentam resultados e mudanças


Em 2011, estratégicas negociações da aviação nacional foram deixadas em espera por fatores como a crise internacional, a volatilidade do dólar e os consequentes prejuízos de companhias aéreas brasileiras.

Contrariando o esperado inicialmente, a Tam desistiu de definir a compra de 31% do capital da regional Trip neste ano e não há prazo para tomar uma decisão a respeito. Por outro lado, o prazo para a realização da primeira reorganização administrativa por conta da fusão dos negócios com a chilena Lan, para a criação da Latam, já é certo: até o fim deste ano.

Filhos do comandante Rolim Amaro - fundador da Táxi Aéreo Marília embrião da Tam Linhas Aéreas -, Maria Claudia e Mauricio Amaro foram entrevistados pelo jornal VALOR ECONÔMICO. Eles disseram que será criada uma nova vice-presidência na Tam de mercado doméstico e que o processo de criação da Latam deverá estar concluído até abril de 2012.

A análise dos resultados de 2011 é positiva, mas os executivos acreditam que muitos aspectos ainda devem melhoras. “Trinta e cinco anos, em 2011. Essa é uma grande conquista da Tam, um feito. Chegar ao fim do ano tendo crescido da forma que crescemos ao longo dos últimos anos. E tudo poderia ter sido feito melhor”, declara Maria Claudia, que é presidente do conselho de administração da Tam.

Mauricio Amaro, futuro presidente do conselho do grupo Latam, concorda com a irmã e acrescenta que 2011 foi um ano de grande transição. “A Tam mudou a estrutura dela, com a finalização dos acordos com a Lan. O que poderia ter sido feito melhor? Eu acho que faltou um pouco de execução em algumas coisas. Faltou a gente combater mais rapidamente a Gol no mercado doméstico. Eu não gosto de meias-palavras. Mas terminamos bem o ano. Acho que faltou reagirmos mais rápido nisso e no segundo semestre nos recuperamos, mas isso é da vida”, disse.

O acordo de code-share com a Trip será mantido, mas não há detalhes e definições para este ano. “Acabou o ano. Houve mudança no mercado, no câmbio e no combustível que afetou o balanço de ambas as empresas. E, nesse caso, colocamos o processo em compasso de espera. Diferente de Lan e Tam, não temos um acordo firmado e negociado entre as partes. Existe a intenção. Vai acontecer naturalmente”, explicou Mauricio.

Quanto à assembleia de acionistas para discutir a troca de ações com a Lan, deve ocorrer nos primeiros dias de abril de 2012. Mauricio espanta qualquer temor de rejeição, “O mercado já comprou a fusão”. E Maria Claudia destaca as etapas já atravessadas e os avanços no processo, “Nós tivemos as aprovações, ainda não todas porque falta o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] ainda, mas tivemos todas as aprovações recentemente. Até agora, estávamos num período de suspensão do negócio”.

Em agosto de 2010, quando foi anunciada a Latam, a relação de permuta de ações entre a Lan e a Tam seria de 0,9. Mais de um ano depois, com a crise internacional e a volatitilidade do dólar; essa relação deve permanecer a mesma.

Sobre as mudanças na companhia, Mauricio conta que a Tam, como a Lan já é hoje, será dividida em duas áreas: doméstica e internacional. A área internacional das duas empresas será concentrada numa unidade de negócios que responderá para ambos os lados. E o doméstico da Tam responderá para um novo executivo, que vai tocar a área de passageiros do Brasil. Além disso, a Tam Viagens, segundo Maria Claudia, também será colocada como unidade de negócios debaixo da holding Tam S.A. Essa já é uma decisão para 2012.

A matéria, na integra, você confere em www.valor.com.br.

Fonte: Mercado e Eventos

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