O governo paquistanês devolveu os destroços do helicóptero americano que foi destruído na operação que matou o terrorista Osama bin Laden no ínicio do mês, em Abbottabad, no Paquistão. A informação foi confirmada pelo Pentágono.
Helicóptero americano usado em ação militar que matou Osama bin Laden, no Paquistão
"[Os destroços] Foram entregues no final de semana e agora já estão nos Estados Unidos", disse o coronel Dave Lapan, porta-voz do Pentágono. O gesto do governo paquistanês, segundo as agências, foi feito para evitar que a tecnologia do helicóptero chegasse "nas mãos de inimigos".
O helicóptero, modelo Black Hawk, transportou os Navy Seals até o local onde o líder da Al Qaeda morava e depois colidiu com um dos altos muros que cerca a casa. A cauda do avião e outras partes muitos destruídas não foram devolvidas.
O modelo tem características "stealth", que o impede de ser reconhecido pelos radares e explicaria o fato de o Paquistão não ter percebido o cerco à casa do terrorista pelos americanos.
Bruce Riedel, oficial da CIA, disse que a devolução do helicóptero não muda em nada a relação entre os dois países, que segundo ele, já não "eram das melhores" antes da morte de Bin Laden.
Nesta terça-feira, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, disse que apesar das dificuldades, o Paquistão "é muito importante" e, por isso, a tensão entre os dois países deve ser resolvida em breve.
"O Paquistão é muito importante não apenas por causa da fronteira com o Afeganistão, mas pelas suas armas nucleares e para a estabilidade no continente", disse Gates. "Então, temos que continuar trabalhando nisso", completou o secretário.
O ataque que matou Bin Laden prejudicou muito as relações entre EUA e Paquistão. Dúvidas seguem em Washington sobre como Bin Laden conseguiu viver sem ser notado por anos na cidade de Abbottabad, que está apenas 50 quilômetros da capital do Paquistão, Islamabad. Algumas autoridades dos EUA especulam que ele deve ter recebido apoio.
Do outro lado, o Paquistão classificou o ataque como uma violação da sua soberania, já que Islamabad só foi informada sobre a operação dos EUA depois que ela terminou. O Parlamento paquistanês ameaçou cortar as linhas de abastecimento para as forças dos EUA no Afeganistão se houver outra incursão militar.
Fonte: UOL Notícias (com informações da Reuters)
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