O Airbus A330 que fazia o voo 447 sofreu uma forte perda de sustentação momentos antes de antes de cair em 31 de maio de 2009, afirmou neste domingo a revista alemã Der Spiegel, que cita uma fonte ligada à análise das caixas-pretas da aeronave. A publicação também afirma que os dados obtidos pela investigação apontam que o piloto Marc Dubois não estava na cabine no momento do primeiro alarme e que voltou rapidamente ao cockpit para "gritar instruções a seus dois copilotos".
Segundo a fonte do Spiegel, se as causas exatas não forem descobertas, a análise dos registros indicam que as sondas Pitot podem ter congelado, impedindo a transmissão de dados exatos da velocidade do avião. A hipótese já havia sido levantada antes das caixas-pretas serem encontradas. O acidente não durou 4 minutos, de acordo com a fonte.
O registro de dado indica uma instabilidade do aparelho pouco após a pane nos indicadores de voo, movimento que causou a perda de sustentação e a queda, segundo o especialista. A revista afirma que ainda não está claro se trata-se de um erro dos pilotos ou se os computadores de bordo procuraram compensar uma suposta perda de força por causa da pane nos indicadores de velocidade.
O escritório de investigação francês (BEA) afirmou na sexta-feira que no fim da próxima semana divulgará oficialmente as primeiras descobertas sobre as informações contidas nas caixas-pretas do avião, recuperadas recentemente do fundo do oceano. O anúncio foi antecipado justamente para evitar mais especulações de meios de comunicação europeus.
Tripulação
A tripulação dos voos de longa distância da Air France é composta por um comandante e dois copilotos. No meio da aviação, é considerado normal que se estabeleçam turnos de descanso entre os três durante a fase do cruzeiro. Segundo a Air France, o descanso é proibido durante os procedimentos de aterrissagem e decolagem.
Fonte: Correio do Estado
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